Category: urucum

  • Anotações sobre a greve abstrata – Toni Negri

    Toni Negri

    (Tradução e síntese de Tatiana Roque)

    A greve era uma abstenção do trabalho por parte dos operários, uma ruptura da relação de exploração que se qualificava como ataque direto à valorização capitalista. Do ponto de vista do operário, contudo, a greve não era só isso, era também algo material, uma ação que devia “fazer mal ao patrão” e que, ao mesmo tempo, colocava em jogo a vida do trabalhador. Havia algo de carnal, de imediatamente biopolítico na greve, uma ação que transformava a ação econômica em representação política, o ato de abstenção em uma prática de deserção do capital.

    Quando a relação de capital é diferente, seja porque o sujeito trabalhador é qualificado de modo diverso ou porque o comando sobre o trabalho é diverso, a greve também deve ser diferente. A greve do operário industrial e do agriculto já eram experiências diferentes. Ainda que cada uma colocasse em jogo a valorização do capital, geravam experiências diversas. A continuidade e a abstenção prolongada do trabalho eram vividas de modo distinto por operários e camponeses, pois para esses últimos, por exemplo, a luta não podia durar tanto (contam que as vacas mugiam desesperadas e a colheita apodrecia). Era preciso, para os agricultores, maximizar o confronto em um tempo breve. Já para os operários, a temporalidade e a figura da luta eram outras, não eram constrangidos pelo limite da continuidade da abstenção do trabalho, a não ser por necessidade de salário e sobrevivência.

    A greve só é unitária na imagem que o patrão faz dela, para reimpor a ordem sobre a ruptura: ruptura econômica da relação de valorização e ruptura política da subordinação.

    O neoliberalismo se inaugura, nos anos 80, como uma transformação da organização do trabalho, da forma de produção e do controle político sobre a classe operária, como resposta às lutas do operário-massa. As formas de produção se darão, então, pela automação das fábricas e pela informatização social.

    Para avançar nesta análise, será necessário perguntar quem é hoje o trabalhador e quem é o patrão. Começando pelo trabalhador, trata-se de um operário que, como está dentro de uma cooperação cada vez mais intensa, qualifica sua força de trabalho como potência motora do sistema produtivo. É na cooperação que o trabalho se torna cada vez mais abstrato, logo mais capaz de organizar a produção, e ao mesmo tempo mais sujeito a mecanismos de extração de valor: capaz de criar cooperação produtiva e constrito a vê-la extraída (pelo capital) em medidas cada vez maiores. Para chegar a compreender este processo, deve-se insistir sobre o fato que, na relação com a máquina, o trabalhador desenvolve, de modo sempre mais autônomo, a instância cooperativa e, desse modo, organiza a energia produtiva. Assim, não podemos mais falar de “autonomia” do mesmo modo que se falava na fase da subsunção formal e/ou real do trabalho sob o capital.

    Isso porque aqui há um grau de autonomia que não é somente de posição, mas ontológica – uma consistência autônoma, ainda que completamente submetida ao comando capitalista. O que significa estar em uma situação na qual uma iniciativa produtiva contínua – o tempo – e estendida – no espaço – são extraídas pelo capital? A relação entre processo laboral (nas mãos do operário) e processo capitalista de valorização estão hoje separados, o primeiro ligado à autonomia do trabalho vivo e o segundo ao puro comando. Essa mutação significa que o trabalho atingiu um grau de dignidade e força que recusa a forma de valorização que lhe é imposta. Assim, mesmo por dentro da imposição do comando, isso é capaz de desenvolver sua própria autonomia.

    A grande diferença entre os processos laborativos estudados por Marx e os atuais consiste no fato de que a cooperação hoje não é mais imposta pelo patrão, mas produzida do interior pela força trabalho, o processo produtivo e as máquinas não são impostas do exterior pelo patrão. Podemos falar hoje de apropriação do capital fixo pelos trabalhadores e assim indicar, por exemplo, um processo, de construção do algoritmo de conhecimento disposta à valorização do trabalho em cada uma de suas articulações.

    Se as coisas estão assim, é somente abstraindo-se cada vez mais dos processos laborativos que o comando capitalista consegue se exercitar. Não por acaso falamos de “exploração extrativa” da cooperação social, e não mais de exploração ligada às dimensões industriais e temporais da organização do trabalho.

    Nesse tipo de organização do trabalho e da valorização há um papel complexo de “produção de subjetividade”. Por “produção de subjetividade” entende-se, por um lado, produção pela “subjetivação” e, por outro, tentativa insistente de reduzir essa última a “sujeito” comandado. A ambiguidade aqui é aquela que apresentam todas as diversas figuras do trabalho vivo em sua estruturação pós-industrial.

    Em segundo lugar, o que é hoje o patrão? Diante do trabalho cognitivo, o patrão se apresenta como capital financeiro que extrai valor social. Dentro dessa “extração” se dá hoje uma progressiva redução da função patronal da figura empreendedora a uma figura puramente política. A verticalização do comando capitalista deve atravessar de maneira cada vez mais abstrata a relação entre cooperação e processos de subjetivação produtiva – consequentemente, nessa verticalização irá se exprimir um tipo de “governamentalização” do comando, uma tentativa cada vez mais complexa de controlar os mecanismos maquínicos/algorítmicos por meio dos quais o trabalho vivo construiu a cooperação. Nessa perspectiva, o capital financeiro se apresenta como “ditadura” – não ditadura fascista, mas abstração do comando e uniformização governamental na tentativa de fazer valer sua autoridade sobre o processo de abstração. Em suma, fazer coincidir abstração e extração.

    Sobre a nova figura do comando capitalístico, convém distinguir dois aspectos. Já falamos do primeiro: o comando abstrato/extrativo e sua pretensão de recuperar todo o processo de valorização. Aqui se organiza o comando político. Mas, ao lado desse, há outro aspecto: o neoliberalismo é de fato, ao seu modo, constituinte. Ao invés de desenvolver uma atividade de governo que é apenas comando – essencialmente financeiro, mas corroborado por um máximo de força estatal – ele se desenvolve também em rede (com formas plurais de governamentalidade) e age como comando participativo sobre uma ampliada rede micropolítica predisposta a incluir necessidades e desejos. A constituição neoliberal não coleta simplesmente (e extrai valor do) trabalho vivo na sua expressão valorífica, mas tende também a organizar o consumo e os desejos e a torná-los, em sua expressão material, reprodutivos, cooperativos e funcionais à reprodução do capital. É a moeda que, no estado atual do capital financeiro, representa a mediação entre produção e consumo, entre necessidades e reprodução capitalista, que iguala, portanto, e coleta em uma mesma abstração o trabalho que a produz e o trabalho que a consome. Será possível atravessar esse conjunto complexo reapropriando-se do trabalho que produz e liberando o consumo de sua direção capitalista?

    Quando começamos a falar de “trabalho imaterial”, fomos criticados, e não somente porque dizíamos (impropriamente) “imaterial” quando obviamente todo trabalho é material. Por essa imaterialidade visávamos os atos constitutivos de valores: conhecimento, linguagem, desejos. Hoje não se pode mais desmerecer o fato de que estamos em uma situação na qual o capital identificou totalmente o novo riquíssimo contexto no qual o trabalho vivo se exprime e colocou-o inteiramente sob seu comando. O capital agiu em duas direções. Por um lado, articulou seu comando à produção viva de linguagem; e por outro, opera por meio da funcionalização das necessidades e desejos ao comando capitalista. O capital (no neoliberalismo) quer que a força da subjetivação produtiva se reconheça como sujeito da relação de capital. Quer servidão voluntária. Daí a impotente mistificação produzida, frequentemente, em muitos homens honestos (mas incapazes de exercício crítico): defende-se que o capital é hoje capaz de tornar felizes os dominados. A nós interessa, em vez disso, pensar ainda que existir no capital é necessariamente resistir a ele.

    O que é então a greve abstrata hoje? O que é uma greve que seja medida pela nova natureza do trabalho vivo ou pela constituição neoliberal da produção e da reprodução? O que é uma luta social que tenha capacidade de “fazer mal”, de se mostrar novamente com uma potência material e biopolítica eficaz? Para responder a essas questões, é conveniente insistir sobre dois pontos que não podemos separar, mas que pode ser útil distinguir. Antes de tudo, perguntar se e como o trabalho vivo pode hoje se rebelar e interromper o fluxo da valorização. A resposta a essa pergunta deve retomar inteiramente a tradição da luta operária: ruptura da relação de produção, abstenção, sabotagem, êxodo etc. Mas observando que quando o trabalho investiu na vida, quando se trabalha todo dia fora de qualquer horário, quando a capacidade produtiva de cada trabalhador é retomada dentro de redes de comando, como é possível reencontrar aquela independência de ação (que é exigida pelo “fazer greve”) seja no terreno espacial da cooperação ou no terreno temporal reduzido agora ao fluxo contínuo? Como é possível, por exemplo, ocupar e bloquear a metrópole (tornada produtiva) e/ou interromper o fluxo de produtividade das redes sociais, que não conhece pausa? Aqui a resposta só pode reconduzir àquela composição singular que hoje é representada pela íntima conexão algorítmica entre produção e comando – ou seja, ali onde os trabalhadores constroem relações significativas e produtivas cujo valor é extraído pelo capital. Nesse caso, a greve pode ter sucesso não só quando rompe o processo de valorização, mas quando recupera a independência, a consistência do trabalho vivo ao se tornar ato produtivo. Na greve, o trabalho vivo maquínico rompe o algoritmo para construir novas redes de significação. E pode fazê-lo não somente porque sem produção por parte do trabalho vivo, sem subjetivação, não tem algoritmo. Deve fazê-lo porque sem resistência não há, no capitalismo, nem salário nem promoção social, nem Welfare nem possível gozo da vida. A greve revela o futuro, rompendo com a miséria e a sujeição ao comando. Logo, greve como retomada da tradição operária, mas colocada sobre todo o terreno da vida – greve social. Essa é a figura da greve contra as técnicas capitalistas extrativas do valor de toda a sociedade.

    Mas há um segundo ponto, todavia, talvez mais importante até de ser atacado: aquele onde os processos de reprodução da sociedade se cruzam com o capital financeiro, com a monetização do processo. É aqui claro que há de se romper e reconstruir o mecanismo que lega o consumo à dimensão monetária. O consumo é sempre uma coisa boa quando se sabe consumir em relação com as necessidades de reprodução da espécie – não tanto daquela natural, genericamente humana, mas daquela operária, produtiva, “pós-humana”. É esse tipo de consumo que deve ser tomado como momento de ruptura. Ora, esse é o terreno do Welfare (local de organização do domínio sobre serviços e consumo) que é percorrido como terreno de luta – de exercício de resistência e perspectiva alternativa. A greve abstrata se torna aqui greve materialista. Trata-se de recuperar para o trabalho vivo o comando sobre o consumo e de construir e/ou impor uma “produção do homem pelo homem” e não pelo lucro.

    A greve abstrata, em nível de produção, impõe a recuperação da independência do trabalho vivo para romper o processo de valorização; em nível de reprodução, exige a construção e a imposição de uma nova sequência necessidades/desejos/consumo. É característica hoje a abundância das pesquisas que se empenham na tentativa (e logo exasperam a tensão) de construir espaços de independência laborativa dentro das redes produtivas e majoritariamente investidas pela capacidade capitalística de extração de valor. O renascimento do mutualismo e o crescimento da cooperação nas redes informáticas são somente as primeiras pistas de luta a serem aprofundadas. Sobre o terreno de ruptura da sequência desejos/consumo (e da sua monetização forçada) há forças difusas para criar moeda bit e para construir redes autônomas de comunicação e/ou redes independentes de consumo – tentativas parciais, mas significativas. Sua eficácia não poderá, contudo, tornar-se decisiva se essas iniciativas não se coligarem entre elas e atingirem ofensivamente o ponto crucial sobre o qual a produção capitalística transforma a subjetivação produtiva em produção autocrática dos sujeitos. É evidente que a democracia política é incompatível com a ditadura do capital financeiro. A greve abstrata assume esse pressuposto para indicar uma série de terrenos sobre os quais é necessário intervir a fim de construir uma potência independente que saiba propor e tornar possível um outro mundo democrático.

    Para terminar. É claro que a greve contra a extração de valor e a greve que se move à altura da abstração capitalista pela exploração social não são a mesma coisa. No primeiro caso, de fato, a luta é direta pela apropriação do lucro (a sua distribuição pode favorecer os trabalhadores) e, no segundo caso, é derrubada dos modelos de reprodução da sociedade e da regra capitalista de cunhagem funcional e contextual da moeda – claro que hoje esses dois níveis de luta não são idênticos, mas extremamente ligados um ao outro. Um é horizontal e o outro é vertical. Um é luta pela emancipação do trabalho, outro pela liberação em relação ao trabalho. Mas, do ponto de vista das lutas, não se saberia distingui-los. Nem se pode, todavia, confundi-los e a razão consiste em tudo aquilo que foi dito até aqui: porque um luta e o outro constrói. Devem fazê-lo separadamente, devem fazê-lo junto. Aí está a tarefa a realizar. Até aqui foi a análise, depois vem a práxis. É então evidente que, se o neoliberalismo impõe a ditadura do capital financeiro, a luta pela liberação do e em relação ao trabalho, ou seja, a luta comunista impõe às coalizões de trabalhadores que se batam sobre o terreno horizontal contra a exploração extrativa de saber, mas se alçando também à produção de um projeto alternativo à gestão capitalista – da extração de valor, mas, sobretudo, da medida – da moeda. É aqui que se combate a ditadura. Os companheiros do Syriza hoje, aqueles do Podemos amanhã, é para aqui que eles trouxeram a luta: para o cruzamento entre emancipação do trabalho e liberação em relação ao trabalho. Se conseguirá na Itália construir uma coalizão de trabalhadores tão potente?

  • Protesto na Casa das Rosas denuncia violência da OS Poiesis nas Fábricas de Cultura

    \"photo578713673559812118\" Aprendizes das Fábricas de Cultura denunciam que a OS usou a Polícia Militar para prender jovens e despejar ocupações sem mandado judicial nas periferias

    Dezenas de jovens ocupam neste momento a Casa das Rosas, na Avenida Paulista, para denunciar a violência da POIESIS, Organização Social responsável pela gestão da Casa e de cinco Fábricas de Cultura nas periferias de São Paulo. Desde maio, os aprendizes das Fábricas de Cultura protestam contra os cortes no programa e, desde junho, os arte-educadores estão em greve contra as demissões em massa.

    O ato de hoje é um escracho à POIESIS, denunciando que a única resposta da OS ao movimento foi a truculência, prendendo aprendizes e demitindo grevistas. No momento em que acontecia o protesto, a Casa das Rosas recebia o lançamento de um livro sobre “As manifestações no Brasil”.
    Entenda: POIESIS joga PM contra seu\"photo578713673559812126\" público-alvo
    À mando da POIESIS e do Governo do Estado, no dia 02/07 a Polícia Militar invadiu a ocupação da Fábrica de Cultura da Brasilândia, na zona norte, despejou sem nenhuma autorização judicial e prendeu arbitrariamente 22 aprendizes que ocupavam o prédio, que passaram mais de um dia encarcerados no 72ºDP.

    No dia 16/06, os gerentes da Fábrica do Jd. São Luís, zona sul, também chamaram a PM para reprimir uma tentativa de ocupação da unidade, e um aprendiz foi preso arbitrariamente.Já a Fábrica do Capão Redondo está ocupada desde o dia 25/05, mas a OS já entrou com um pedido de reintegração de posse e o despejo policial pode ocorrer a qualquer momento.

     

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    Acompanhe ao vivo pelas páginas:

    Aprendizes da Brasilândia: https://www.facebook.com/Militantesdabrasa/

  • A saúde de Chelsea Manning após tentativa de suicídio

    No dia 11 de julho, Chelsea Manning falou com os/as advogados/as pela primeira vez desde sua hospitalização na última semana. (Abaixo você pode ler em inglês o comunicado de seus/suas advogados/as.)

    No comunicado, Chelsea diz que está bem e agradeceu pelo apoio dos advogados/as e das pessoas. Ela tomou a decisão de encerrar com sua vida, mas a tentativa não se sucedeu. Ao final do comunicado Chelsea agradeceu por estar viva.

    Clique para ler mais em inglês.

    Escreva mensagens de apoio para Chelsea Manning:

    Cartões postais ou cartas para:
    CHELSEA E. MANNING 89289
    1300 NORTH WAREHOUSE ROAD
    FORT LEAVENWORTH, KANSAS 66027-2304

    Envie também sua mensagem por email, que serão impressas e levadas para Chelsea:
    melissa (at) couragetoresist (dot) org

     

    Em inglês: 

    Chelsea confirms health status

    Today (July 11), Chelsea Manning spoke with her attorneys for the first time since her hospitalization last week. They have released the following statement on her behalf:

    From Nancy Hollander, Vincent Ward, Chase Strangio- July 11, 2016

    After not connecting with Chelsea for over a week, we were relieved to speak with her this morning.

    Though she would have preferred to keep her medical information private, the government disclosing her health information to the media has created concern that they may continue their unauthorized release of information. Due to these circumstances, Chelsea Manning requested that we communicate on her behalf.

    Last week, Chelsea made a decision to end her life. Her attempt was unsuccessful. She knows that people have questions about how she is doing. She wants everyone to know that she remains under close observation by the prison and expects to remain on this status for the next several weeks.

    For us, hearing Chelsea’s voice after learning that she had attempted to take her life last week was incredibly emotional. She is someone who has fought hard for many issues we care about and we are honored to fight for her freedom and medical care. Read more here

    On the phone with a Support Network volunteer Chelsea added, \”I am okay. I\’m glad to be alive. Thank you all for your love

    Write to Chelsea Manning with your messages of support!

    Mail her a card or letter
    CHELSEA E. MANNING 89289
    1300 NORTH WAREHOUSE ROAD
    FORT LEAVENWORTH, KANSAS 66027-2304

    Email your message; We will print it and mail it to Chelsea
    melissa (at) couragetoresist (dot) org

  • [zapatismo] Assim se dança SKA!

    Recentemente, em solidariedade e apoio aos professores do CNTE de Oaxaca, os Zapatistas decidiram cancelar o Festival de Arte (CompARTE) que estavam planejando para o mês de julho. Além disso, decidiram doar todos os recursos que seriam usados no festival para oas professoroas.

    Mas divulgaram como se dança SKA, junto das seguintes palavras:
    Assim apresentam subcomandantes Moisés y Galeano:

    “Y si ustedes, artistas, compas de la Sexta, tratan de imaginarse cómo serían las participaciones artísticas zapatistas, pues aquí les ponemos un video. Tal vez otro día le ponemos más, o fotos, porque le batallamos para esto del internet. El bailable es creado por un colectivo de la Zona de Los Altos, en el Caracol de Oventik. No sabemos si se dice bailable o coreografía, pero se llama resistencia y la música es un mix de la rola de Mc Lokoter, “Esta tierra que me vio nacer”, y una rola de ska del grupo español que se llama SKA-P, “El Vals del Obrero”. El significado del bailable lo explica la maestra de la ceremoña. El video fue producido por “Los Tercios Compas” en una de las presentaciones para selección de Oventik, hace ya más de dos meses (o sea que no suspendimos por no estar preparados). Va pues. ¡aaaaaaaal brincolínnnnnnnn!”.

  • [oaxaca] Em SP, manifestação de apoio à Oaxaca

    Desde 2006, os educadores e estudantes de Oaxaca mostram ao mundo o avanço da luta popular. Hoje (8/7), em solidariedade às milhares de pessoas que vão as marchas e que lutam pela construção de um novo mundo desde Oaxaca, foi feita uma manifestação em São Paulo. Na foto, os manifestantes subindo a avenida Nove de Julho.

    A luta é internacional. Em solidariedade e contra a violência do estado. Estamoas juntoas! Viva Oaxaca! \"signal\"

  • [Guarani Yvyrupa] Ajude a realização da assembleia Yvyrupa

    A comissão Guarani Yvyrupa faz uma assembleia a cada três anos. Esse ano, a assembleia será realizada entre os dias 12 e 16 de setembro de 2016, na aldeia Tenondé Porã, em São Paulo. A campanha no site Benfeitoria busca arrecadar fundos para conseguir reunir os mais de 200 parentes Guarani dos estados do sul e sudeste do Brasil.

    A assembleia é o espaço que os Guarani podem pensar coletivamente quais foram os principais erros e os principais acertos que cometemos nos últimos anos e o que precisamos mudar para que nossa luta se fortaleça ainda mais. A eleição da Coordenação Geral acontece nesse momento.

    Além disso, a assembleia também é um importante espaço de formação, por conta do grande número de jovens lideranças que participam dela.

    Veja o site do benfeitoria e ajude a Comissão: https://benfeitoria.com/assembleiacgy

  • MORRE CRIANÇA GUARANI KAIOWÁ – DE 7 MESES – DE FRIO E FOME DESPOIS DE DESPEJO VIOLENTO

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    Camaradas, há mais de 500 anos há um genocídio contra os povos indígenas no Brasil!
    Mas quando falamos disso, não se trata de algo distante, se trata de hoje, e AGORA!

    No último mês, os ataques aos povos guarani kaiowá se intensificaram! A crise econômica se acirra e o povo pobre e trabalhador é quem mais se lasca. Dentre os \”de baixo\” estão os povos indígenas, que resistem e lutam bravamente para ter direito à seus territórios e seu modo de vida, enquanto são devastados, exterminados, estupradas, assassinados, despejados, para garantir a riqueza dos de cima, com a conivência dos governos de plantão e contando com capangas e com as polícias para levar adiante esse extermínio!

    Da ação paramilitar criminosa que resultou na execução do jovem Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, Guarani-Kaiowá de 26 anos, agente de saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), e deixou ao menos 10 feridos à bala, inclusive uma criança de doze anos baleada no abdômen, à uma série de despejos, a luta está muito difícil, pois os inimigos são muito poderosos e as condições para resistir muito desiguais.

    Tristeza e revolta.

    Em Apyka\’i tudo foi destruido. Após o despejo, o trator derrubou todos os barracos. As crianças ficaram sem nenhuma roupa de frio, na beira da rodovia embaixo de chuva.

    Nesse lamentável episódio, morreu uma criança de 7 meses, vítima do Estado brasileiro e de seus pistoleiros, aliados, a mando de latifundiários! Na beira da estrada, com chuva, sem estrutura, e muito frio, infelizmente, este pequenino guerreiro faleceu!

    É URGENTE que os lutadores e lutadoras cerquemos de solidariedade aos povos guarani kaiowá!

    Compartilhe, denuncie, preste solidariedade!

    Façamos ecoar o grito de que precisamos PRA HOJE acabar com esse sistema que impede para os de baixo o direito â vida!

    Retirado de: https://www.facebook.com/lutapopular/posts/477080392485791:0. Em: 8/7/2016.

  • Waldemar Rossi, presente!

    Homenagem na estrutura do Minhocão (que no futuro será o antigo elevado costa e silva).

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  • LIBERDADE PARA NOSSOS PRESOS!

    Acaba de sair a decisão de liberdade para os 11 companheiros presos ontem ilegalmente! Depois de passaram mais de 30 horas na carceragem por lutarem contra o sucateamento das Fábricas de Cultura e o autoritarismo da OS POIESIS, nosso companheiros sairão em breve!

    Na porta da 72° DP dezenas de apoiadores, aprendizes e educadores se reúnem em solidariedade. Toda força pra quem luta!

    #‎ForaPoiesis !
    #‎ForaPM !
    #‎NaoTemArrego !

    https://www.facebook.com/629772663846030/photos/a.630453500444613.1073741828.629772663846030/635470679942895/?type=3

  • Ocupação da Fábrica de Cultura da Brasilândia por Ley Gomes

    \”Se não lutas, pelo menos tenha a decência de respeitar os que o fazem.\” José Martí

    Na sexta-feira dia 01 de julho, jovens de luta ocuparam a Fábrica de Cultura da Brasilândia em protesto aos cortes promovidos pelo governo do Estado de São Paulo e a O.S. POIESES que administra o setor. Educadores foram dispensados e os que ficaram tiveram que optar entre sair ou diminuir sua renda, numa clara precarização da mão de obra e ataque aos direitos trabalhistas. Numa área de alto vulnerabilidade social projetos culturais fazem a diferença entre uma perspectiva de vida e a morte lenta pelo cooptação pelo crime.

    No sábado cedo a Policia Militar, sem dar a menor chance de desocupação, invadiu a Fabrica de Cultura de Brasilândia e levou detido para o 72DP, 20 jovens. Entre eles haviam 11 aprendizes maiores de 18 anos que lutavam para a permanencia das atividades culturais em sua comunidade. Tratados como criminosos, esses jovens, mal teriam se alimentado se os educadores não houvessem feito uma caixinha para comprar esfira.

    Desde o início houve por parte da equipe de plantão da delegacia a tentativa de criminalizar os jovens de alguma forma, e estão conseguindo. Os maiores estão sendo intimados por Corrupção de menores e dano qualificado ao patrimônio público, estas são as alegações em uma ocupação que já haviam problemas estruturais evidentes no prédio e que todos sabem, inclusive os policiais que invadiram, os seguranças que depuseram contra os aprendizes e os gestores da Fabrica (POIESES) que não foram os ocupantes. E todos eles cheio de moral e virtude se calam para que a justiça tenha força de punir esses aprendizes que lutam contra esta ação esdrúxula e malthusiana que vem se tornando cada vem mais comum e colocando a qualidade de nossa democracia em risco.

    Os 11 adolescentes maiores de 18 anos passaram a noite no cárcere da 72DP e correm o risco neste domingo dia 03, de serem enviados para um CDP. No boletim de ocorrência dos aprendizes liberados os proibiam \”frequentar espetáculos capaz de subverte-los\” e andarem com pessoas de \”má-vida\”. Pensar que passar 11 horas em uma delegacia; com fome, coisa ue prejudica o raciocínio, e sendo pressionados em depoimentos; expostos na recepção atrás de uma porta de vidro como peixinhos num aquário; e, vendo seus colegas de luta sendo culpados por lutar pela qualidade e excelência dos equipamentos mal geridos da educação. Sim, se este show de horrores promovidos por pessoas de má-vida não for um espetáculo capaz de subverte-los, o que será?

    A ação de policia contra jovens que lutam tem se tornado cada vez mais violente, o legislativo tem proposto leis cada vez mais rígidas, o judiciário tem mantido seus olhos vendados e usado cada vez menos a balança e mais a espada e o executivo tem eliminado todos os aparelhos do estado capaz de ajudar a desenvolver o ser crítico e pensante.

    Educadores fizeram vigília em frente ao 72DP. Aqueles que puderem fazer numero para somarem para libertar esses presos politicos, sintam-se à vontade, compareçam. Afinal, devemos respeito a quem luta!

    Ley Gomes

    #NãoVaiTerCorte #NenhumaDemissão
    #ForaPM #ForaPoiesis
    [3/7 10:12] +55 11 99365-0902 : Hoje as 10:30 da manha vai ter um ato na frente da 72 organizado pelo movimento secundarista exigindo a liberaçao dos aprendizes presos, quem puder ir por favor vá!