Author: tramadora_q3o93j

  • Frente ao despejo e à repressão, organização

    Solidariedade com Chanti Ollín

    Do outro lado de um mar de automóveis, ativistas encontraram um edifício para fazer um projeto que, doze anos depois, está cheio de vida, de murais nas paredes, de desenhos de tantas pessoas que passam e invenções que reciclam ideias e materiais. Hoje, esse espaço está sendo destruído pelo governo \”esquerdista\” da Cidade do México.

    México, DF.

    O Chanti Ollín não é uma casa ocupada. É um espaço que abre suas portas a todas aquelas pessoas que estão dispostas a procurar, encontrar e compartilhar novas e antigas maneiras de viver em hamornia com a natureza. \”Para nós, o diálogo é intercâmbio, e o aprender fazendo, é a clave\”, diz um integrante desse espaço. Apesar de estar em uma zona da Cidade do México com mais investimento de capital, resistem e constróem opções de vida em um sentido diferente.

    Depois da greve da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) de 1999 a 2000, um grupo de mulheres e homens que participaram do movimento estudantil perceberam a necessidade de contar com um espaço que pudesse servir de teto e no qual também seria possível desenvolver projetos e atividades alternativos que congregaram diferentes correntes de pensamento e de concepção de vida.

    Do outro lado do mar de automóveis, no meio de um ambiente de negócios e depois de buscar em diferentes pontos da cidade, encontrarm um prédio com todas as características para fazer um projeto de vida e de esperança. O espaço que agora está repleto de áreas cheias de vida, de murais nas paredes, de desenhos de tantas pessoas que passam por ali e que fazem invenções que reciclam ideias e materiais. O que as pessoas das cidades consideram lixo, para eles é visto como uma possibilidade de algo novo e útil.

    Comparando com a lógica do capital, que cria objetos que devem para de funcionar em curto período de tempo, tornando-se obsoletos e materiais para as lixeiras, os moradores do Chanti criam um mundo de possibilidades aproveitando cada parte.

    Em doze anos, o projeto de Chanti Ollín passou por diferentes etapas, sobreviveu a duas tentativas de despejo e hoje está sofrendo a terceira tentativa. Na madrugada de hoje, 22 de novembro de 2016, o Chanti Ollin foi despejado por granadas, que bateram e levaram seus 26 membros e uma menor de três anos de idade a agência policial número 50. Companheiros que se acercaram ao Ministério Público informaram que as autoridades se negaram a dar informações sobre os companheiros e que maquinas de demolição já estão no perímetro de fora do prédio, o que faz as pessoas temerem pela demolição completa do espaço. Por isso fazemos um chamado de solidariedade internacional com o espaço e seus habitantes.

    As diferentes atividades que se realizam no espaço, apoiam o propósito ciclico do Chanti. De uma maneira em que tudo se complementa. O forno produz o pão para comer e a cinza se utiliza nos banheiros secos que foram construídos ali mesmo. Da mesma maneira se planta e se colhe em sua horta verde os frutos com que são feitos os alimentos. \”O povo mexicano é filho da milpa*, que não é só de milho, mas que inclui o feijão, a abobora e o amaranto. É nossa identidade, e temos que semear as sementes necessárias para não perdê-las\”, relata uma mulher. O Chanti também conta com grupos de dança e teatro que vão a diferentes cidades e comunidades do país, um estúdio musical e um lugar onde seus membros fazem uma televisão comunitária todas as quartas, que abre as portas aos que querem aprender.

    Sem pedir nada às intituições nem aos governos, com uma crítica sistemática ao modelo capitalista, constróem em seu fazer de todos os dias um espaço para uma vida mais justa, que sirva de refúgio artístico, cultural e ideológico com espírito ancestral. As ações imediatas para a recuperação e a solidariedade com o espaço são fundamentais para sua sobrevivência. Informe-se, apóie e difunda.

    Ante el desalojo y la represión, organización
    Solidaridad con el Chanti Ollín

    Al otro lado de un mar de autos, los activistas encontraron un edificio para hacer un proyecto que, doce años después, está repleto de vida, de murales en las paredes, de dibujos de las tantas personas que pasan e inventos que reciclan ideas y materiales. Hoy este espacio está siendo destruído por el gobierno “izquierdista” de la Ciudad de México.

    México, DF. El Chanti Ollin no es una casa ocupada. Es un espacio que abre sus puertas a todo aquel que esté dispuesto a buscar, encontrar y compartir nuevas y antiguas maneras de vivir en armonía con la naturaleza. “Para nosotros el diálogo es intercambio, y el aprender haciendo, la clave”, señala un integrante de este espacio. A pesar de encontrarse en una de las zonas de la Ciudad de México con más inversión de capital, resisten y construyen opciones de vida en sentido distinto.

    Después de la huelga de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) de 1999 al 2000, un grupo de hombres y mujeres que participaron en el movimiento estudiantil se vieron en la necesidad de contar con un espacio que les sirviera de techo y en el cual poder desarrollar proyectos y actividades alternativos que congregaran diferentes corrientes de pensamiento y de concepción de la vida.

    Al otro lado de un mar de autos, en medio de un ambiente de negocios y después de buscar en diferentes puntos de la ciudad, encontraron un edificio con todas las características para hacer un proyecto de vida y esperanza. El espacio ahora está repleto de áreas llenas de vida, de murales en las paredes, de dibujos de las tantas personas que por ahí pasan e inventos que reciclan ideas y materiales. En lo que la gente de la ciudad considera basura ellos ven una posibilidad de algo nuevo y útil.
    En comparación a la lógica del capital, que crea objetos que dejan de funcionar en un corto lapso de tiempo, volviéndolos obsoletos y material para los basureros, los habitantes del Chanti crean un mundo de posibilidades aprovechando cada parte.

    En doce años, el proyecto de Chanti Ollin ha pasado por diferentes etapas y ha sobrevivido a dos intentos de desalojo y ahora están viviendo el tercer intento. En la madruga de hoy, 22 de noviembre de 2016, el Chanti Ollin fue desalojado por granaderos, que golpearon y se llevaron a 26 de sus miembros y a una menor de tres años de edad a la agencia de policía número 50. Compañeros que se han acercado al Ministerio Público informan que las autoridades les han negado información sobre sus compañeros y máquinas de demolición se reportan a la afueras del edificio, se teme que se realice una demolición completa del espacio. Desde Acá hacemos un llamado a la solidaridad internacional para con este espacio y sus habitantes.

    Las diferentes actividades que se llevan a cabo abonan al propósito cíclico del Chanti. En efecto, todo se complementa. El horno produce el pan que habrá de comerse y la ceniza que se utiliza en los baños secos, que construyen ahí mismo. De igual manera siembran y cosechan en su azotea verde los frutos con los que se hacen sus propios alimentos. “El pueblo mexicano es hijo de la milpa, que no solo es el maíz, sino que incluye el frijol, la calabaza, el amaranto. Es nuestra identidad, y hay que sembrar las semillas necesarias para no perderlas”, relata una mujer. En el Chanti también cuentan con grupos de danza y teatro que llevan a diferentes ciudades y comunidades del país; un estudio musical y un foro desde donde todo los miércoles se hace television comunitaria, que abre sus puertas a todo aquel que quiera aprender.

    Sin pedirle nada a las instituciones ni a los gobiernos, con un crítica sistemática al modelo capitalista, construyen en su que hacer de todos los días un espacio por una vida más justa, que sirva de refugio artístico, cultural e ideológico con espíritu ancestral. Las acciones inmediatas para la recuperación y solidaridad con el espacio son fundamentales para su sobrevivencia. Infórmate, apoya y difunde.

  • CAMPANHA INTERNACIONAL “VIDAS NEGRAS IMPORTAM, VIDAS BRASILEIRAS IMPORTAM!”

    [Português]
    No Brasil, 160 pessoas foram assassinadas por dia em 2015: uma pessoa morta a cada 9 minutos (http://bit.ly/2eOOaZ7)!

    No total 58.383 vidas foram arrancadas violentamente por homicídio ao longo do último ano. Foi isto que revelou o mais recente anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com base em números oficiais (http://glo.bo/2fdyU9p). Se considerarmos que tais números oficiais geralmente são subestimados, conforme revelou estudo recente feito pelo IPEA sobre “o Mapa de Homicídios Ocultos no Brasil”, chegamos à conclusão de que seguramente MAIS DE 60.000 PESSOAS FORAM ASSASSINADAS NO BRASIL AO LONGO DE 2015 (http://bit.ly/2fCikw0).

    Para se ter uma ideia da gravidade desta situação basta pensar que a Guerra da Síria matou violentamente, nos últimos 4 anos, um total de 256 mil pessoas. Durante o mesmo período, no Brasil, quase 279 mil pessoas foram assassinadas. Ou seja: A GUERRA NÃO DECLARADA NO BRASIL MATA MAIS DO QUE A GUERRA DECLARADA NA SÍRIA (http://glo.bo/2fCat1D). Esses índices brasileiros representam 11,4% DOS HOMICÍDIOS EM TODO O MUNDO, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU) já havia alertado pouco tempo atrás: a cada 100 homicídios no planeta, no mínimo 11 deles ocorrem comprovadamente no Brasil (http://bit.ly/1UtR5RY)

    Deste total alarmante, um número expressivo de mortes é cometido por policiais e/ou grupos paramilitares ligados direta ou indiretamente à polícia brasileira. Os números atestam que, no mínimo, 9 PESSOAS POR DIA FORAM MORTAS PELAS POLÍCIAS DO BRASIL AO LONGO DE 2015, o que representou 3.345 VIDAS arrancadas violentamente pela polícia somente no ano passado (http://glo.bo/2e3yVdp). Isto significa que a polícia brasileira mata em apenas 6 dias o que a polícia britânica, por exemplo, demora 25 anos para matar (http://bit.ly/2gdvljm). É isto mesmo que você leu: 6 dias versus 25 anos!

    Estudos ainda apontam que há um forte recorte racial, social e geográfico nessas mortes violentas epidêmicas. Conforme o Relatório Final da CPI de Homicídios Juvenis do Congresso Federal, recém-publicado: 63 jovens negros são assassinados por dia no Brasil – um jovem negro morto a cada 23 minutos (http://bit.ly/2fCgknQ). Os números atestam, portanto, as conclusões alarmantes a que já tinha chegado o “Mapa da Violência de 2016”, estudo anual coordenado pelo professor Júlio Jacobo Waiselfisz, o qual constatou que entre 2004 e 2014 houve um crescimento de 18,2% de homicídios contra negros, em contraponto a uma diminuição de 14,6% contra pessoas que não são pretas ou pardas (http://glo.bo/25iOQIe).

    Ou seja, o racismo segue matando (e muito!) no Brasil. Assim como a condição econômica e social, o CEP de moradia, trabalho ou de estudo das vítimas preferenciais: jovens negros, trabalhadores pobres, moradores de bairros periféricos.
    Finalmente, deve-se dizer que os agentes policiais não são apenas algozes deste genocídio. O número de policiais – a maioria negros e pobres também – vítimas de homicídios quando estão em serviço ou de folga também são altos no país.

    No ano passado, por exemplo, 393 policiais foram mortos de forma violenta. Segundo o anuário do FBSP, os policiais brasileiros são três vezes mais assassinados fora do horário de serviço do que trabalhando. Mas em 2015 houve crescimento de 30,5% no número de policiais assassinados: 103 morreram durante o expediente e 290 fora, geralmente em situações de reação a roubo (http://glo.bo/2e3yVdp).

    É CONTRA ESTE CENÁRIO DE GENOCÍDIO QUE PROPOMOS A CAMPANHA INTERNACIONAL

    #BlackBraziliansMatter , #BrazilianLivesMatter.

    Trata-se de uma Campanha Internacional que vamos lançar no próximo dia 17/11, na mesma data em que lançaremos o livro “Mães em Luta – 10 anos dos Crimes de Maio”, organizado por André Caramante da Ponte Jornalismo, durante as atividades do #NovembroNegro e do Mês da Consciência Negra aqui no Brasil. Trata-se de uma campanha e um conjunto de atividades pensadas pelas Mães e Familiares de Vítimas Diretas deste Genocídio, pessoas, famílias e histórias reais, de carne e osso, lutos e lutas. Para nós, Mães de Maio e a nossa Rede de Mães e Familiares de Vítimas do Estado Brasileiro, as Mães de Vítimas não têm Fronteiras, as Mães de Vítimas não têm Raça, Pátria nem Patrão: Nós Somos Mães e Familiares lutando pela Vida de nossos Filhos e Filhas, sem distinção! Por isso ela será uma campanha organizada junto a uma série de movimentos sociais nacionais e internacionais também, a começar pela rede #BlackLivesMatter dos Estados Unidos.

    Com ela nós queremos gritar ao mundo, daqui de dentro desta guerra genocida no Brasil, e sentindo todos os efeitos terríveis dela: NÃO É POSSÍVEL MAIS CONVIVER COM ESTA ERA DE CHACINAS E SEUS CASOS SANGRENTOS QUE SE SUCEDEM COTIDIANAMENTE, HÁ MAIS DE 20 ANOS, COMO SE FOSSE ALGO NORMAL E CORRIQUEIRO… A Chacina de Acari, o Massacre da Candelária, o Massacre do Carandiru, o Massacre do Sonho Real (em Goiânia), os Crimes de Maio de 2006, a Chacina da Cabula, a Chacina de Belém, a Chacina de Manaus, a Chacina da Messejana (Fortaleza), a Chacina de Natal, de Joinville, os Amarildos, as Claudias, a Chacina de Costa Barros em 2015, as execuções sumárias cotidianas por todo o Brasil, até o mais recente caso de barbárie policial aqui no estado de São Paulo: o desaparecimento seguido da execução cruel dos 5 Jovens da Zona Leste da capital paulista, agora mesmo em Novembro de 2016.

    Nossa campanha internacional apela para que nós juntos consigamos DAR UM BASTA NESTE VERDADEIRO GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA, POBRE E PERIFÉRICA BRASILEIRA!!!
    Convidamos a todos que se sensibilizam e concordam com esta causa a ser parte desta Campanha Internacional: A partir de então serão feitos diversos outros atos públicos e novas ações, aqui no Brasil e também em outras partes do mundo, denunciando esta realidade e clamando por uma transformação urgente desta situação.

    NOSSAS VIDAS E AS VIDAS DOS NOSSOS FILHOS E FILHAS IMPORTAM!!!

    Por favor, compartilhem esta convocatória utilizando as 5 hashtags abaixo, juntas:

    #VidasNegrasImportam #VidasBrasileirasImportam
    #BlackLivesMatter #BlackBraziliansMatter #BrazilianLivesMatter

    TRANSLATIONS: COLETIVO TRADUÇÃO TÁTICA (BRASIL)

    ========Versão Inglês/English=======

    *INTERNATIONAL CAMPAIGN “BLACK LIVES MATTER, BRAZILIAN LIVES MATTER!”*

    In Brazil, 160 people per day were murdered in 2015: one individual every 9 minutes (http://bit.ly/2eOOaZ7)! A total of 58.383 lives were violently taken by homicide in the course of the last year. This situation was unveiled in the most recent annuary published by the Brazilian Forum on Public Safety, based on official figures (http://glo.bo/2fdyU9p). If we consider that such figures are usually underestimated, as indicated by a recent study carried out by IPEA titled “Map of Hidden Homicides in Brazil”, we come to the conclusion that surely MORE THAN 60,000 PEOPLE WERE MURDERED IN BRAZIL IN THE COURSE OF 2015 (http://bit.ly/2fCikw0).

    A comparison sheds light on the gravity of this situation: in the last 4 years, the Syrian War has violently killed a total of 256 thousand people. During the same period in Brazil almost 279 thousand people were murdered. In other words: THE NON-DECLARED WAR IN BRAZIL KILLS MORE THAN THE DECLARED WAR IN SYRIA (http://glo.bo/2fCat1D). Such Brazilian indices represent 11% OF ALL HOMICIDES AROUND THE WORLD, as the United Nation (UNO) declared not long ago: out of every 100 homicides in the planet, at least 11 certifiedly take place in Brazil. (http://bit.ly/1UtR5RY)

    Of this alarming total, an expressive number of murders is committed by police officers and/or paramilitary groups directly or indirectly linked to the Brazilian police. The figures attest that, at least, 9 PEOPLE A DAY WERE KILLED BY POLICE FORCES IN BRAZIL IN THE COURSE OF 2015, which amounted to 3,345 LIVES violently taken by police hands (http://glo.bo/2e3yVdp) last year alone. This means that the Brazilian police murders in 6 days what the British Police, for instance, takes 25 years to kill (http://bit.ly/2gdvljm). Yes, you are reading correctly: 6 days against 25 years.

    Further studies point out that there is a racial, social and geographic bias in these epidemical violent deaths. According to the Final Report by the Federal Congress Enquiry Comission (CPI) on Juvenile Homicides, recently published: 63 young black men are killed every day in Brazil – one black youngster killed every 23 minutes (http://bit.ly/2fCgknQ). The figures confirm, then, the alarming conclusions arrived at by the “Map of Violence 2016”, a yearly study coordinated by professor Júlio Jacobo Waiselfisz, who found out that between 2004 and 2014 there was a growth of 18.2% in homicides committed against blacks, contrasted with a decrease of 14.6% against people who are not black or mixed [parda] (http://glo.bo/25iOQIe). In other words, racism keeps killing (a lot) in Brazil. Alongside the social and economic condition, also are determinant in the making of preferential victims: the city zone of abode, of work or of study. The preferential victims are black youngsters, poor workers, dwellers of peripheral neighbouhoods.

    Finally, it must be said that policemen are not only the henchmen of this genocide. The number of police officers – most of them also black and poor – who are victims of homicide themselves, on-duty or off-duty, is very high. Last year, for instance, 393 policemen were killed in a violent manner. According to the FBSP annuary, Brazilian policemen are three times more likely to be killed off-duty than on-duty. But in 2015 there was an increase of 30.5% in the number of murdered policemen: 103 died during working hours and 290 off-duty, usually in situations of reaction to a theft (http://glo.bo/2e3yVdp).

    *IT IS AGAINST THIS EVIDENT GENOCIDE THAT WE ARE LAUNCHING THE INTERNATIONAL CAMPAIGN #BlackBraziliansMatter , #BrazilianLivesMatter*.
    The official launch will take place on November 17th, along with the launch of the book “Mothers in the struggle – 10 years after the Crimes of May”, organised by journalist André Caramante of Ponte Jornalismo, during the activities linked to the Black Awareness Month #NovembroNegro here in Brazil. This is a campaign and a set of activities created by the Mothers and Family Members of the Direct Victims of this Genocide , gathering individuals, families and their real stories, flesh and bone, struggles and mourning. For us, \"Mothers of May\", Mothers of Victims Without Frontiers, Mothers of Victims Have No Race, No Fatherland and No Boss: We are Mothers and Families struggling for the Life of our Sons and Daughters, with no distinction! This is why it will be a campaign organised together with many national and international social movements, notably with the #BlackLivesMatter network in the USA.

    With it we want to call out to the world, from the midst of this genocidal war in Brazil and suffering from all its terrible effects: IT IS NOT POSSIBLE TO ACCEPT THIS AGE OF MASSACRES AND THE CONTINUOUS BLOODY EPISODES THAT HAVE BEEN TAKING PLACE DAILY FOR OVER 20 YEARS… The ACARI massacre, the Candelária massacre, the Sonho Real massacre (in Goiânia), the Crimes of May 2006, the Cabula massacre, the Manaus massacre, the Messejana massacre (in Fortaleza), the Natal massacre, the Joinville massacre, the Costa Barros massacre in 2015; all the Amarildos, Claudias and countless other victims, the daily summary executions around Brazil, up until the most recent case of police barbarism here in the State of São Paulo: the kidnapping followed by cruel execution of 5 youngsters of the East Zone of São Paulo in November 2016.

    Our international campaign calls out for all to *STOP THIS VERITABLE GENOCIDE OF THE BLACK, POOR AND PERIPHERAL POPULATION OF BRAZIL!!!*

    We invite all those who embrace and agree with our cause to come to the *LAUNCH OF THIS INTERNATIONAL CAMPAIGN, THIS THURSDAY (NOVEMBER 17th), 6 p.m., at SALA DOS ESTUDANTES IN THE LAW SCHOOL OF SÃO PAULO UNIVERSITY (FADUSP – São Francisco)*. Here is the link for the event: https://www.facebook.com/events/156836831450410/

    This is the starting point for many other demonstrations and actions, here in Brazil and also in other parts of the World, to denounce this reality and calling out for an urgent transformation of this situation

    *OUR LIVES AND THE LIVES OF OUR SONS AND DAUGHTERS MATTER!!!*

    *_Please share this call by using the 3 hashtags below, together:_*

    *#BlackLivesMatter #BlackBraziliansMatter #BrazilianLivesMatter*

    ========Versão Espanhol/Espanol=======

    *CAMPAÑA INTERNACIONAL ¡VIDASNEGRAS SON IMPORTANTES, VIDAS BRASILEÑAS SON IMPORTANTES!*

    En Brasil, 160 personasfueron asesinadas por día en 2015: una personas muerta cada 9 minutos (http://bit.ly/2eOOaZ7)!En total 58.383 vidas fueron arrancadas violentamente por homicidio a lo largo delúltimo año. Fue esto que reveló el más reciente anuario del Fórum Brasileño de SeguridadPública, con base en números oficiales (http://glo.bo/2fdyU9p). Si consideramos que talesnúmeros oficiales generalmente son subestimados, según reveló un estudio recientehecho por el IPEA (Instituto de Investigación Económica Aplicada) sobre “elMapa de Homicidios Ocultos en Brasil”, llegamos a la conclusión de que MÁS DE60.000 PERSONAS FUERON ASESINADAS EN BRASIL A LO LARGO DE 2015 (http://bit.ly/2fCikw0).

    Para tener una idea de la gravedadde esta situación basta pensar que la guerra en Siria mató violentamente, en los últimos 4 años, un total de 256 mil personas. Durante el mismo período, en Brasil,casi 279 mil personas fueron asesinadas. O sea: LA GUERRA NO DECLARADA EN BRASIL MATA MÁS QUE LA GUERRA DECLARADA EN SIRIA (http://glo.bo/2fCat1D). Esos índices Brasileños representan 11,4% DE LOS HOMICIDIOS EN TODO EL MUNDO, según la Organización delas Naciones Unidas (ONU), que ya había alertado poco tiempo antes: cada 100 homicidiosen el planeta, por lo menos 11 ocurren en Brasil (http://bit.ly/1UtR5RY)

    De ese total alarmante, un númeroexpresivo de asesinatos es cometido por policías y/o grupos paramilitares vinculadosdirecta o indirectamente con la policía brasileña. Los números demuestran que porlo menos 9 PERSONAS POR DÍA FUERON ASESINADAS POR LAS POLICÍAS BRASILEÑAS A LOLARGO DE 2015, lo que representa 3.345 VIDAS arrancadas violentamente por la policía(http://glo.bo/2e3yVdp)solo el año pasado. Esto significa que la policía brasileña mata en apenas 6 díaslo que la policía británica, por ejemplo, demora 25 años para matar (http://bit.ly/2gdvljm).Es exactamente eso lo que has leído: ¡6 días versus 25 años!

    Los estudios tambiénindican que hay una fuerte marca racial, social y geográfica en esas muertesviolentas. Según el Informe Final de la CPI (comisión parlamentaria de averiguaciones)de Homicidios Juveniles del Congreso Federal, recién publicado: 63 jóvenesnegros son asesinados por día en Brasil – un joven negro asesinado cada 23minutos (http://bit.ly/2fCgknQ).Los números demuestran, por lo tanto, las conclusiones alarmantes a las que habíallegado el “Mapa de la Violencia de 2016”, estudio anual coordinado por elprofesor Júlio Jacobo Waiselfisz, el cual constató que entre 2004 y 2014 hubo uncrecimiento de 18,2% de homicidios contra negros, en contraposición a una disminucióndel 14,6% de los crímenes contra personas que no son negras o pardas (http://glo.bo/25iOQIe).O sea, el racismo sigue matando (¡y mucho!) en Brasil. Así comola condición económica y social, el CP (código postal) de vivienda, trabajo o estudiode las víctimas preferenciales: jóvenes negros, trabajadores pobres, habitantesde barrios periféricos.

    Finalmente, hay que decir quelos agentes de policía no son solo verdugos en este genocidio. El número de policías —la mayoríanegros y pobres también— víctimas de homicidios cuando están en servicio o descansotambién son altos en el país. El año pasado, por ejemplo, 393 policías fueron asesinadosen forma violenta. Según el anuario del FBSP (Fórum Brasileño de SeguridadPública), los policías brasileños son tres veces más asesinados fuera del horariode servicio que trabajando. Pero en 2015 hubo un crecimiento del 30,5% en elnúmero de policías asesinados: 103 murieron en horario de servicio y 290 fuera,generalmente en situaciones de resistencia a robos (http://glo.bo/2e3yVdp).

    *ES CONTRA ESTE ESCENARIODE GENOCIDIO QUE PROPONEMOS LA CAMPAÑA INTERNACIONAL #BlackBraziliansMatter,#BrazilianLivesMatter*. Se trata de una Campaña Internacional que vamos apresentar en el próximo 17/11, la misma fecha en que presentaremos el libro Mães en Luta – 10 anos dos Crimes de Maio(Madres en Lucha – 10 años de losCrímenes de Mayo), organizado por André Caramante de Ponte Jornalismo, durantelas actividades de #NovembroNegro y del Mes de la Conciencia Negra aquí en Brasil.Se trata de una campaña y de un conjunto de actividades pensadas por las Madresy Familiares de Víctimas Directas de ese Genocidio, personas, familias e historiasreales, de carne y hueso, lutos y luchas. Para nosotras, Madres de Mayo y paranuestra Red de Madres y Familiares de Víctimas del Estado Brasileño, las Madresde Víctimas no tienen Fronteras, las Madres de Víctimas no tienen Raza, Patria niPatrón. Somos Madres y Familiares luchando por la Vida de nuestros Hijos eHijas, ¡sin distinción! Por eso será una campaña organizada junto a una serie demovimientos sociales nacionales e internacionales también, empezando por la red#BlackLivesMatter de Estados Unidos.

    Con la Campaña queremosgritarle al mundo, desde aquí, desde dentro de esta guerra genocida, y sufriendosus terribles efectos: NO ES POSIBLE SEGUIR CONVIVIENDO CON ESTA ERA DE MASACRESY SUS CASOS SANGRIENTOS QUE SE SUCEDEN COTIDIANAMENTE HACE MÁS DE 20 AÑOS, COMOSI FUESE ALGO NORMAL Y COTIDIANO... La Matanza de Acari, la Masacre de laCandelária, la Masacre de Carandiru, la Masacre de Sonho Real (en Goiânia), losCrímenes de Mayo de 2006, la Matanza de Cabula, la Matanza de Manaus, la Matanzade la Messejana (Fortaleza), la Matanza de Natal, de Joinville, los Amarildos, lasClaudias, la Matanza de Costa Barros en 2015, las ejecuciones cotidianas entodo Brasil, hasta el caso más reciente de barbarie policial aquí en el estadode São Paulo: la desaparición seguida de la ejecución cruel de 5 Jóvenes de laZona Este de la capital paulista, ahora en noviembre de 2016.

    Nuestra campaña internacionales para *PONERLE UN PUNTO FINAL A ESTE VERDADERO GENOCIDIO DE LA POBLACIÓN NEGRA,POBRE Y PERIFÉRICA BRASILEÑA!!!*

    Invitamos a todxs lxs quese sensibilizan y concuerdan con esta causa a la *PRESENTACIÓN DE ESTA CAMPAÑAINTERNACIONAL, EL PRÓXIMO JUEVES (17/11), A LAS 18:00 HS EN LA SALA DE ESTUDIANTESDE LA FACULTAD DE DERECHO DEL LARGO SAN FRANCISCO*. Aquí el link del evento: https://www.facebook.com/events/156836831450410/

    A partir de esta actividadse harán otros actos públicos y nuevas acciones, aquí en Brasil y también en otraspartes del mundo, denunciando esta realidad y clamando por una transformación urgente de esta situación.

    *NUESTRAS VIDAS Y LAS VIDASDE NUESTROS HIJOS E HIJAS IMPORTAN!!!*

    *_Por favor, compartan estaconvocación utilizando las 3 hashtags siguientes, juntas:_*

    *#BlackLivesMatter #BlackBraziliansMatter #BrazilianLivesMatter*

    ========Versão Francês/Français=======

    CAMPAGNE INTERNATIONALE \"LES VIES NOIRES SONT IMPORTANTES, LES VIES BRESILIENNES SONT IMPORTANTES!\"

    Au Brésil, 160 personnes ont été assassinées par jour en 2015: une personne tuée à chaque 9 minutes (http://bit.ly/2eOOaZ7 )! Au total 58.383 vies ont été arrachées violemment par homicide au long de la dernière année. Ce chiffre a été révélé par le dernier annuaire du « Forum Brésilien de la Sécurité Publique» (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) basé sur des données officielles (http://glo.bo/2fdyU9). En sachant que ces chiffres officiels sont dans la plupart de cas sous-estimés, selon l’étude réalisé par l’IPEA «Le Plan d’Homicides Invisible au Brésil» (Mapa deHomicídios Ocultos no Brasil ), nous concluons que certainement PLUS DE 60.000 PERSONNES ONT ETE ASSASSINEES AU BRESIL AU LONG DE 2015 (http://bit.ly/2fCikw0).

    Pour avoir une idée de la gravité de cette situation, il suffit de se rappeler que la Guerre en Sirie a tué violemment, lors de 4 dernières années, une somme totale de 256 mil personnes. Pour cette même période, au Brésil, presque 279 mil personnes ont été assassinées, ce qui veut dire: LA GUERRE NON DECLAREE AU BRESIL TUE PLUS QUE LA GUERRE DECLAREE EN SIRIE( http://glo.bo/2fCat1D ). Ce taux brésilien représente 11,4% DES HOMICIDES DU MONDE ENTIER, comme l’ONU avait déjà attiré l’attention il n’y a pas long temps : à chaque 100 homicides réalisés sur la planète, au minimum 11 ont été commis avec certitude au Brésil ( http://bit.ly/1UtR5RY ).

    Parmi ce bilan alarmant um chiffre expressif demeurtres est comi par des policiers et/ou des groupes paramilitaires liésdirectement ou indirectement à la police brésilienne. Les chiffres attestentque 9 personnes ont été tués par jourpar les polices brésiliennes au long de l’année 2015, ce quireprésentait 3.345 VIES arrachéesviolemment par la police (http://glo.bo/2e3yVdp) seulementl’année dernière. Ce qui révèle que la police brésilienne tue en 6 joursseulement no nombre de personnes que la police britannique par exemple prendpour tuer en 25 ans (http://bit.ly/2gdvljm). C’est bien ce que vous avez lu: 6 jours contre 25ans!

    Les études indiquent encore qu’il y a um fort record racial, social etgéographique dans ces meurtres violents épidémiques. Selon le Rapport Final deCPI de Homicides Juvenils du Congrès Fédéral publié récemment: 63 jeunes noirssont assassinés par jour ao Brésil – um jeune noir toutes les 23 minutes (http://bit.ly/2fCgknQ). Les chiffes attestent donc les conclusions alarmantes déjà parvenuesdans la “Carte de la Violence de 2016”. Étude annuelle coordonnée par le Pr.Júlio Jacobo Waiselfisz, lequel avait conclu une croissance de 18,2%d’homicides entre 2004 et 2014 contre des noirs, em contrepoint à une réductionde 14,6% contre ceux qui ne son ni noirs ni bruns (http://glo.bo/25iOQIe). C’est-à-dire,le racisme se suit de manière meurtrière (considérablement!) ao Brésil. Ainsique la condition économique et sociale, le code postal de résidence,l’occupation et les études des victimes de préférence: jeunes noirs, humblestravailleurs, habitants de banlieue.

    Faut-il dire enfin que les agentes de police ne sont pas que desbourreaux dans ce génocide. Le nombre des policiers – la majorité également desnoirs et pauvres – est très élevé lorsqu’ils sont en service ou bienen congé.L’année dernière par exemple 393 policiers ont éte tués de forme violente.D’après l’annuaire de FBSP, les policiers brésiliens sont trois fois plus assassinés en dehors des horaires detravail. Mais ne 2015 une augmentation de 30,5% s’est révélé dans les chiffrespour les policiers assassinés: 103 sont morts pendant le travail et 290 endehors du travail, en général en situations de ráction a vol (http://glo.bo/2e3yVdp).

    C’EST CONTRE CE SCÉNARIO DE GÉNOCIDE QUE NOUS PROPPOSONS LA CAMPAGNEINTERNACIONALE #BlackBraziliansMatter ,#BrazilianLivesMatter*.
    Il s’agit d’une Campagne Internationale à être lancée le 17/11 prochain,date où nous lancerons le livre “Mères en Lutte – 10 ans des Crimes de Mai”,organisée par André Caramante de “Ponte Jornalismo”, pendant les activités du#NovembreNoir et du Mois de la Conscience Noire ici au Brésil. Il s’agit d’unecampagne et un ensemble d’activités pensées par les Mères et Familles desVictimes Directes de ce Génocide, des gens, des familles et des histoiresréelles, en chair et en os, des deuils et des luttes. Pour nous, les Mères desMai et notre résau de Mères et Familles des Victimes de l’Etat Brésilien lesMères des Victimes n’ont pas de Frontières, les Mères des Victimes n’ont pas derace, de Patrie nin Patron: Nous sommes des Mères et Familles en lutte pour laVie de nos Fils et Filles, sans distinction! Ce sera donc une campagneorganisée auprès d’une suite de mouvements sociaux nationaux et internationauxaussi, à commencer par le réseau rede #BlackLivesMatter des Etats-Unis.

    C’esst pourquoi nous voulons crier au monde, depuis ici, de cette guerregénocide au Brésil et nous sentons tous ces effets terribles: CE N’EST PLUSPOSSIBLE DE COHABITER AVEC CETTE ÈRE DE CARNAGE ET SES AFFAIRES SANGUINAIRESQUI SE SUCCÉDENT QUOTIDIENNEMENT, DEPUIS PLUS DE 20 ANS, COMME SI CELA ÉTAITNORNAL E BANAL... Le Carnage d’Acari, le Massacre de Candelaria, le Massacre deCarandiru, le Massacre de Sonho Real à Goiania), les crimes de Mai 2006, leCarnage de Cabula, le Carnage de Manaus, le Carnage de Messejana (Fortaleza),le Carnage de Natal, de Messejana (Fortaleza), les exécutions rapides quotidiennespartout au Brésil, jusqu’au cas le plus récent de barbárie policiaire ici dansl’Etat de São Paulo: la dispartion suivie de de l’execution cruelle des 5Jeunes de la Zone Leste de la capitale de São Paulo, três récemment, ennovembre2016.

    Notre campagne internationale est un appel afin que nous puissions ensemble METTRE UN POINT FINAL À CE VRAI GENOCIDE DE LA POPULATION NOIRE, PAUVRE ETISSUE DE LA BANLIEUE BRÉSILIENNE!!!

    Nous invitons à tous ceux qui y sont sensibles partagent cette cause àcomparaître ao
    LANCEMENT DE CETTE CAMPAGNE INTERNATIONALE, JEUDI PROCHAIN (17/11), À18HS, SALLE DES ÉTUDIANTS DE LA FACULTÉ DE DROIT DE LARGO SÃO FRANCISCO. Voirle lien de l’événement ci-dessous:
    https://www.facebook.com/events/156836831450410/

    Depuis lors d’autres actes publics divers seront réalisés et denouvelles actions, ici au Brésil et ailleurs popur denoncer cette réalité etclamer pour une transformation urgente de cette situation.

    NOS VIES ET CELLES DE NOS FILS ET FILLES COMPTENT!!!

    Partagez s’il vous plaît cette convocation em employant les 3 hashtagsensembles ci-dessous:

    #BlackLivesMatter #BlackBraziliansMatter #BrazilianLivesMatter

  • Ocupa X Greve numa lista de discussão

    TOPICO #ocupaxgreve abrimos este topico pra juntar rapidamente elementos pra discussao. Responda usando #ocupaxgreve pra facilitar a  organização do debate. Há uma recente expansão das ocupas nas universidades federais. É importante contribuirmos neste momento, indicando sobretudo os novos elementos que caracterizam a inovação política e organizacional das ocupas dos secundas. Em algumas universidade ja observamos um risco de reprodução de velhas formulas que tendem a esvaziar as universidades. Um problema parecido tbem se apresenta com relacao à forma greve nas universidades. Em suma, que elementos importantes podemos destacar neste momento:
    ——
    #ocupaxgreve  ocupação com aulas mantém a mobilização, a universidade cheia e até uma tensão com os professores tendo que se deslocar de seus lugares de conforto. isso é fundamental para o sucesso da mobilização.
    Greve esvazia a universidade e coloca o controle da mobilização de volta nas mãos dos aparelhos sindicais burocratizados.
    ——-
    #ocupaxgreve Os docentes da UFBA apoiam as ocupações, mas já descartamos a greve da categoria. Universidade funcionando é resistência
    ——-
    #ocupaxgreve na UFABC tivemos um dia de paralização muito esvaziado. Concordo com a colega, é fundamental ocupar e seguir com as aulas. Mas aulas onde o assunto seja a greve, com debates em pequenos grupos. Me parece fundamental nesse momento que todo mundo possa se expressar, mesmo aqueles que estão a favor da PEC. O dialogo e o debate aberto, e não os posicionamentos ideologicos e intelorantes.
    ——–
    #ocupaxgreve Aderimos à greve geral do dia 11/11 e estamos construindo com outras entidades a paralisação aqui na Bahia.
    ——-
    #ocupaxgreve No meu ponto de vista greve na educação somente prejudica os próprios grevistas, o Estado não se fere com uma Universidade ou escola parada/esvaziada. O que acredito é que devemos ocupar universidades e escolas num caráter subversivo, construindo saberes de formas diversas do tradicional destes espaços. Concordo muito com a fala da colega, só queria contribuir com estas pequenas reflexões.
    ——-
    #ocupaxgreve e não devemos esquecer que tivemos 3 meses e meio de greve inutil no ano passado em muitas federais. O que dificulta muito o apoio à greve de hoje.
    ——-
    #ocupaxgreve os aparelhos sindicais aproveitam a greve para misturar a pauta da PEC e do Ensino Médio, justas e populares, com pautas super controversas e sem nenhum apoio da comunidade universitária. Isso já aconteceu ontem na UFF. Enfiaram uma moção contra o marco da ciência e tecnologia, que a maioria da universidade apóia, só os aparelhos são contra.
    ——-
    #ocupaxgreve Isso aconteceu ano passado, tínhamos uma bela greve estudantil na UFRJ, com a pauta da assistência estudantil, que todo mundo apoiava. Aí a antiga direção do sindicato impôs uma greve docente que trouxe pra si o protagonismo da mobilização, esvaziou, criou divisão interna e, o pior: dissolveu a pauta dos estudantes em suas pautas sindicais infindáveis e lunáticas.
    ——-
    #ocupaxgreve Greve na educação publica tem caracteristicas diferentes de outros setores mas discordo bastsnte que somente prejudica os proprios grevistas. A dinamica é diferente no sentido que não tem uma paralisaçao da produçao de lucro diretamente, mas fazer greve nesses setores significa que os professores e funcionarios tem agora tempo livre pra desenvolver a luta. Em vez de passar horas em aula, se preparando ou fazendo provas etc, todo mundo ganha muitas horas por dia, que antes estariam ocupados, pra poder se dedicar a como pensar e colocar em pratica a luta qie tem que ser feita. Ela gera tempo e espaço pra conseguir fazer a luta, em outros setores só fazer a greve ja é a luta em si.
    ——
    #ocupaxgreve Na educação superior pública é diferente da educação básica. Não colocaria as duas greves do mesmo jeito.
    ——
    #ocupaxgreve O problema é que na prática, durante as greves na educação pública que vivi pelo menos (2012 na UFPE, 2014 e 2016 na USP) a Universidade fica vazia onde as \”vanguardas\” tem presença política, enquanto o resto da Universidade vive como se nada estivesse acontecendo.
    ——
    #ocupaxgreve. Não sou a favor de greve nas universidades agora, por vários motivos. Mas ocupa com aulas também não me parece tão produtivo…Não é isso nas escolas. As ocupações em instituições burocráticas de ensino ou são mais interessantes, me parece. Só vale dizer que a greve aqui na UFSCar não foi inútil, ela possibilitou uma discussão politica interna muito boa, a formação de coletivos e reflexão, muitos CAs nasceram ali, etc.
    ——
              
    #ocupaxgreve o dado objetivo é que a força de uma greve está em paralisar a produção. Isso nunca acontece em greves de universidade. Todos seguem fazendo bancas, preenchendo Lattes e entregando relatórios para as agências de fomento em pesquisa. A introdução da racionalidade neoliberal via avaliação contínua minou a capacidade de enfrentamento político de professores que viraram empreendedores de si. Não estou certo se o modo ocupação resolve isso, mas já uma movida diferente. A universidades já se transformam em um dos principais centros de produção e reprodução da força de trabalho no capitalismo imaterial, com investimentos passados na subjetividade por via tolerante e democrática. É preciso forjar uma nova arma, que como a greve, tenha poder de botar medo no patrão.
    Em 2012 vivi uma greve-ocupação como professor na PUC-SP. Era uma greve política contra a nomeação de uma reitora não escolhida pela comunidade puquiana. A greve foi incrível, com adesão e atividades diárias. Mas não alcançou seu objetivo. E vieram depois as vinganças institucionais. Como disse, a ocupação é certamente mais interessante do ponto de vista educativo e produz transformações na subjetividade das pessoas que são difíceis de mensurar, mas em termos objetivos também não tem força de paralisar a produção. Quarta conversei rapidamente com um colega sobre isso: como o trabalhador precário/inteiramente/intelectual faz greve? Deixa de responder email? Quando força de trabalho vira capital humano e o que se faz para viver se transforma também no que se faz da vida, resistência e existência se implicam e estamos muito mais expostos às capturas do Estado e do Capital. #ocupaxgreve
    ——-
    #ocupaxgreve tem um texto do Negri sobre a Greve Abstrata, apresentado em um encontro interessante chamado ABSTRIKE. Ou seja: como repensar a forma greve em tempos de capitalismo cognitivo?
    ——-
    #ocupaxgreve um modo de greve muito mais eficaz seria a greve de lattes, e não uma greve onde paramos aulas na graduação para engordar ainda mais o lattes
    ——
              
    #ocupaxgreve a valorização em cima de nosso trabalho intelectual se dá no sentido inverso desse. A graduação é onde somos menos capitalistas. Por isso a aula não pode parar. A greve tem que ser na produção intelectual, que acumula no capitalismo cognitivo #ocupaxgreve
    ——
    #ocupaxgreve Também acho. Aliás, as greves em geral, atingem só a graduação, o que é pior que não fazer greve.
  • Anotações sobre a greve abstrata – Toni Negri

    Toni Negri

    (Tradução e síntese de Tatiana Roque)

    A greve era uma abstenção do trabalho por parte dos operários, uma ruptura da relação de exploração que se qualificava como ataque direto à valorização capitalista. Do ponto de vista do operário, contudo, a greve não era só isso, era também algo material, uma ação que devia “fazer mal ao patrão” e que, ao mesmo tempo, colocava em jogo a vida do trabalhador. Havia algo de carnal, de imediatamente biopolítico na greve, uma ação que transformava a ação econômica em representação política, o ato de abstenção em uma prática de deserção do capital.

    Quando a relação de capital é diferente, seja porque o sujeito trabalhador é qualificado de modo diverso ou porque o comando sobre o trabalho é diverso, a greve também deve ser diferente. A greve do operário industrial e do agriculto já eram experiências diferentes. Ainda que cada uma colocasse em jogo a valorização do capital, geravam experiências diversas. A continuidade e a abstenção prolongada do trabalho eram vividas de modo distinto por operários e camponeses, pois para esses últimos, por exemplo, a luta não podia durar tanto (contam que as vacas mugiam desesperadas e a colheita apodrecia). Era preciso, para os agricultores, maximizar o confronto em um tempo breve. Já para os operários, a temporalidade e a figura da luta eram outras, não eram constrangidos pelo limite da continuidade da abstenção do trabalho, a não ser por necessidade de salário e sobrevivência.

    A greve só é unitária na imagem que o patrão faz dela, para reimpor a ordem sobre a ruptura: ruptura econômica da relação de valorização e ruptura política da subordinação.

    O neoliberalismo se inaugura, nos anos 80, como uma transformação da organização do trabalho, da forma de produção e do controle político sobre a classe operária, como resposta às lutas do operário-massa. As formas de produção se darão, então, pela automação das fábricas e pela informatização social.

    Para avançar nesta análise, será necessário perguntar quem é hoje o trabalhador e quem é o patrão. Começando pelo trabalhador, trata-se de um operário que, como está dentro de uma cooperação cada vez mais intensa, qualifica sua força de trabalho como potência motora do sistema produtivo. É na cooperação que o trabalho se torna cada vez mais abstrato, logo mais capaz de organizar a produção, e ao mesmo tempo mais sujeito a mecanismos de extração de valor: capaz de criar cooperação produtiva e constrito a vê-la extraída (pelo capital) em medidas cada vez maiores. Para chegar a compreender este processo, deve-se insistir sobre o fato que, na relação com a máquina, o trabalhador desenvolve, de modo sempre mais autônomo, a instância cooperativa e, desse modo, organiza a energia produtiva. Assim, não podemos mais falar de “autonomia” do mesmo modo que se falava na fase da subsunção formal e/ou real do trabalho sob o capital.

    Isso porque aqui há um grau de autonomia que não é somente de posição, mas ontológica – uma consistência autônoma, ainda que completamente submetida ao comando capitalista. O que significa estar em uma situação na qual uma iniciativa produtiva contínua – o tempo – e estendida – no espaço – são extraídas pelo capital? A relação entre processo laboral (nas mãos do operário) e processo capitalista de valorização estão hoje separados, o primeiro ligado à autonomia do trabalho vivo e o segundo ao puro comando. Essa mutação significa que o trabalho atingiu um grau de dignidade e força que recusa a forma de valorização que lhe é imposta. Assim, mesmo por dentro da imposição do comando, isso é capaz de desenvolver sua própria autonomia.

    A grande diferença entre os processos laborativos estudados por Marx e os atuais consiste no fato de que a cooperação hoje não é mais imposta pelo patrão, mas produzida do interior pela força trabalho, o processo produtivo e as máquinas não são impostas do exterior pelo patrão. Podemos falar hoje de apropriação do capital fixo pelos trabalhadores e assim indicar, por exemplo, um processo, de construção do algoritmo de conhecimento disposta à valorização do trabalho em cada uma de suas articulações.

    Se as coisas estão assim, é somente abstraindo-se cada vez mais dos processos laborativos que o comando capitalista consegue se exercitar. Não por acaso falamos de “exploração extrativa” da cooperação social, e não mais de exploração ligada às dimensões industriais e temporais da organização do trabalho.

    Nesse tipo de organização do trabalho e da valorização há um papel complexo de “produção de subjetividade”. Por “produção de subjetividade” entende-se, por um lado, produção pela “subjetivação” e, por outro, tentativa insistente de reduzir essa última a “sujeito” comandado. A ambiguidade aqui é aquela que apresentam todas as diversas figuras do trabalho vivo em sua estruturação pós-industrial.

    Em segundo lugar, o que é hoje o patrão? Diante do trabalho cognitivo, o patrão se apresenta como capital financeiro que extrai valor social. Dentro dessa “extração” se dá hoje uma progressiva redução da função patronal da figura empreendedora a uma figura puramente política. A verticalização do comando capitalista deve atravessar de maneira cada vez mais abstrata a relação entre cooperação e processos de subjetivação produtiva – consequentemente, nessa verticalização irá se exprimir um tipo de “governamentalização” do comando, uma tentativa cada vez mais complexa de controlar os mecanismos maquínicos/algorítmicos por meio dos quais o trabalho vivo construiu a cooperação. Nessa perspectiva, o capital financeiro se apresenta como “ditadura” – não ditadura fascista, mas abstração do comando e uniformização governamental na tentativa de fazer valer sua autoridade sobre o processo de abstração. Em suma, fazer coincidir abstração e extração.

    Sobre a nova figura do comando capitalístico, convém distinguir dois aspectos. Já falamos do primeiro: o comando abstrato/extrativo e sua pretensão de recuperar todo o processo de valorização. Aqui se organiza o comando político. Mas, ao lado desse, há outro aspecto: o neoliberalismo é de fato, ao seu modo, constituinte. Ao invés de desenvolver uma atividade de governo que é apenas comando – essencialmente financeiro, mas corroborado por um máximo de força estatal – ele se desenvolve também em rede (com formas plurais de governamentalidade) e age como comando participativo sobre uma ampliada rede micropolítica predisposta a incluir necessidades e desejos. A constituição neoliberal não coleta simplesmente (e extrai valor do) trabalho vivo na sua expressão valorífica, mas tende também a organizar o consumo e os desejos e a torná-los, em sua expressão material, reprodutivos, cooperativos e funcionais à reprodução do capital. É a moeda que, no estado atual do capital financeiro, representa a mediação entre produção e consumo, entre necessidades e reprodução capitalista, que iguala, portanto, e coleta em uma mesma abstração o trabalho que a produz e o trabalho que a consome. Será possível atravessar esse conjunto complexo reapropriando-se do trabalho que produz e liberando o consumo de sua direção capitalista?

    Quando começamos a falar de “trabalho imaterial”, fomos criticados, e não somente porque dizíamos (impropriamente) “imaterial” quando obviamente todo trabalho é material. Por essa imaterialidade visávamos os atos constitutivos de valores: conhecimento, linguagem, desejos. Hoje não se pode mais desmerecer o fato de que estamos em uma situação na qual o capital identificou totalmente o novo riquíssimo contexto no qual o trabalho vivo se exprime e colocou-o inteiramente sob seu comando. O capital agiu em duas direções. Por um lado, articulou seu comando à produção viva de linguagem; e por outro, opera por meio da funcionalização das necessidades e desejos ao comando capitalista. O capital (no neoliberalismo) quer que a força da subjetivação produtiva se reconheça como sujeito da relação de capital. Quer servidão voluntária. Daí a impotente mistificação produzida, frequentemente, em muitos homens honestos (mas incapazes de exercício crítico): defende-se que o capital é hoje capaz de tornar felizes os dominados. A nós interessa, em vez disso, pensar ainda que existir no capital é necessariamente resistir a ele.

    O que é então a greve abstrata hoje? O que é uma greve que seja medida pela nova natureza do trabalho vivo ou pela constituição neoliberal da produção e da reprodução? O que é uma luta social que tenha capacidade de “fazer mal”, de se mostrar novamente com uma potência material e biopolítica eficaz? Para responder a essas questões, é conveniente insistir sobre dois pontos que não podemos separar, mas que pode ser útil distinguir. Antes de tudo, perguntar se e como o trabalho vivo pode hoje se rebelar e interromper o fluxo da valorização. A resposta a essa pergunta deve retomar inteiramente a tradição da luta operária: ruptura da relação de produção, abstenção, sabotagem, êxodo etc. Mas observando que quando o trabalho investiu na vida, quando se trabalha todo dia fora de qualquer horário, quando a capacidade produtiva de cada trabalhador é retomada dentro de redes de comando, como é possível reencontrar aquela independência de ação (que é exigida pelo “fazer greve”) seja no terreno espacial da cooperação ou no terreno temporal reduzido agora ao fluxo contínuo? Como é possível, por exemplo, ocupar e bloquear a metrópole (tornada produtiva) e/ou interromper o fluxo de produtividade das redes sociais, que não conhece pausa? Aqui a resposta só pode reconduzir àquela composição singular que hoje é representada pela íntima conexão algorítmica entre produção e comando – ou seja, ali onde os trabalhadores constroem relações significativas e produtivas cujo valor é extraído pelo capital. Nesse caso, a greve pode ter sucesso não só quando rompe o processo de valorização, mas quando recupera a independência, a consistência do trabalho vivo ao se tornar ato produtivo. Na greve, o trabalho vivo maquínico rompe o algoritmo para construir novas redes de significação. E pode fazê-lo não somente porque sem produção por parte do trabalho vivo, sem subjetivação, não tem algoritmo. Deve fazê-lo porque sem resistência não há, no capitalismo, nem salário nem promoção social, nem Welfare nem possível gozo da vida. A greve revela o futuro, rompendo com a miséria e a sujeição ao comando. Logo, greve como retomada da tradição operária, mas colocada sobre todo o terreno da vida – greve social. Essa é a figura da greve contra as técnicas capitalistas extrativas do valor de toda a sociedade.

    Mas há um segundo ponto, todavia, talvez mais importante até de ser atacado: aquele onde os processos de reprodução da sociedade se cruzam com o capital financeiro, com a monetização do processo. É aqui claro que há de se romper e reconstruir o mecanismo que lega o consumo à dimensão monetária. O consumo é sempre uma coisa boa quando se sabe consumir em relação com as necessidades de reprodução da espécie – não tanto daquela natural, genericamente humana, mas daquela operária, produtiva, “pós-humana”. É esse tipo de consumo que deve ser tomado como momento de ruptura. Ora, esse é o terreno do Welfare (local de organização do domínio sobre serviços e consumo) que é percorrido como terreno de luta – de exercício de resistência e perspectiva alternativa. A greve abstrata se torna aqui greve materialista. Trata-se de recuperar para o trabalho vivo o comando sobre o consumo e de construir e/ou impor uma “produção do homem pelo homem” e não pelo lucro.

    A greve abstrata, em nível de produção, impõe a recuperação da independência do trabalho vivo para romper o processo de valorização; em nível de reprodução, exige a construção e a imposição de uma nova sequência necessidades/desejos/consumo. É característica hoje a abundância das pesquisas que se empenham na tentativa (e logo exasperam a tensão) de construir espaços de independência laborativa dentro das redes produtivas e majoritariamente investidas pela capacidade capitalística de extração de valor. O renascimento do mutualismo e o crescimento da cooperação nas redes informáticas são somente as primeiras pistas de luta a serem aprofundadas. Sobre o terreno de ruptura da sequência desejos/consumo (e da sua monetização forçada) há forças difusas para criar moeda bit e para construir redes autônomas de comunicação e/ou redes independentes de consumo – tentativas parciais, mas significativas. Sua eficácia não poderá, contudo, tornar-se decisiva se essas iniciativas não se coligarem entre elas e atingirem ofensivamente o ponto crucial sobre o qual a produção capitalística transforma a subjetivação produtiva em produção autocrática dos sujeitos. É evidente que a democracia política é incompatível com a ditadura do capital financeiro. A greve abstrata assume esse pressuposto para indicar uma série de terrenos sobre os quais é necessário intervir a fim de construir uma potência independente que saiba propor e tornar possível um outro mundo democrático.

    Para terminar. É claro que a greve contra a extração de valor e a greve que se move à altura da abstração capitalista pela exploração social não são a mesma coisa. No primeiro caso, de fato, a luta é direta pela apropriação do lucro (a sua distribuição pode favorecer os trabalhadores) e, no segundo caso, é derrubada dos modelos de reprodução da sociedade e da regra capitalista de cunhagem funcional e contextual da moeda – claro que hoje esses dois níveis de luta não são idênticos, mas extremamente ligados um ao outro. Um é horizontal e o outro é vertical. Um é luta pela emancipação do trabalho, outro pela liberação em relação ao trabalho. Mas, do ponto de vista das lutas, não se saberia distingui-los. Nem se pode, todavia, confundi-los e a razão consiste em tudo aquilo que foi dito até aqui: porque um luta e o outro constrói. Devem fazê-lo separadamente, devem fazê-lo junto. Aí está a tarefa a realizar. Até aqui foi a análise, depois vem a práxis. É então evidente que, se o neoliberalismo impõe a ditadura do capital financeiro, a luta pela liberação do e em relação ao trabalho, ou seja, a luta comunista impõe às coalizões de trabalhadores que se batam sobre o terreno horizontal contra a exploração extrativa de saber, mas se alçando também à produção de um projeto alternativo à gestão capitalista – da extração de valor, mas, sobretudo, da medida – da moeda. É aqui que se combate a ditadura. Os companheiros do Syriza hoje, aqueles do Podemos amanhã, é para aqui que eles trouxeram a luta: para o cruzamento entre emancipação do trabalho e liberação em relação ao trabalho. Se conseguirá na Itália construir uma coalizão de trabalhadores tão potente?

  • Protesto na Casa das Rosas denuncia violência da OS Poiesis nas Fábricas de Cultura

    \"photo578713673559812118\" Aprendizes das Fábricas de Cultura denunciam que a OS usou a Polícia Militar para prender jovens e despejar ocupações sem mandado judicial nas periferias

    Dezenas de jovens ocupam neste momento a Casa das Rosas, na Avenida Paulista, para denunciar a violência da POIESIS, Organização Social responsável pela gestão da Casa e de cinco Fábricas de Cultura nas periferias de São Paulo. Desde maio, os aprendizes das Fábricas de Cultura protestam contra os cortes no programa e, desde junho, os arte-educadores estão em greve contra as demissões em massa.

    O ato de hoje é um escracho à POIESIS, denunciando que a única resposta da OS ao movimento foi a truculência, prendendo aprendizes e demitindo grevistas. No momento em que acontecia o protesto, a Casa das Rosas recebia o lançamento de um livro sobre “As manifestações no Brasil”.
    Entenda: POIESIS joga PM contra seu\"photo578713673559812126\" público-alvo
    À mando da POIESIS e do Governo do Estado, no dia 02/07 a Polícia Militar invadiu a ocupação da Fábrica de Cultura da Brasilândia, na zona norte, despejou sem nenhuma autorização judicial e prendeu arbitrariamente 22 aprendizes que ocupavam o prédio, que passaram mais de um dia encarcerados no 72ºDP.

    No dia 16/06, os gerentes da Fábrica do Jd. São Luís, zona sul, também chamaram a PM para reprimir uma tentativa de ocupação da unidade, e um aprendiz foi preso arbitrariamente.Já a Fábrica do Capão Redondo está ocupada desde o dia 25/05, mas a OS já entrou com um pedido de reintegração de posse e o despejo policial pode ocorrer a qualquer momento.

     

    \"photo578713673559812130\"

    Acompanhe ao vivo pelas páginas:

    Aprendizes da Brasilândia: https://www.facebook.com/Militantesdabrasa/

  • A saúde de Chelsea Manning após tentativa de suicídio

    No dia 11 de julho, Chelsea Manning falou com os/as advogados/as pela primeira vez desde sua hospitalização na última semana. (Abaixo você pode ler em inglês o comunicado de seus/suas advogados/as.)

    No comunicado, Chelsea diz que está bem e agradeceu pelo apoio dos advogados/as e das pessoas. Ela tomou a decisão de encerrar com sua vida, mas a tentativa não se sucedeu. Ao final do comunicado Chelsea agradeceu por estar viva.

    Clique para ler mais em inglês.

    Escreva mensagens de apoio para Chelsea Manning:

    Cartões postais ou cartas para:
    CHELSEA E. MANNING 89289
    1300 NORTH WAREHOUSE ROAD
    FORT LEAVENWORTH, KANSAS 66027-2304

    Envie também sua mensagem por email, que serão impressas e levadas para Chelsea:
    melissa (at) couragetoresist (dot) org

     

    Em inglês: 

    Chelsea confirms health status

    Today (July 11), Chelsea Manning spoke with her attorneys for the first time since her hospitalization last week. They have released the following statement on her behalf:

    From Nancy Hollander, Vincent Ward, Chase Strangio- July 11, 2016

    After not connecting with Chelsea for over a week, we were relieved to speak with her this morning.

    Though she would have preferred to keep her medical information private, the government disclosing her health information to the media has created concern that they may continue their unauthorized release of information. Due to these circumstances, Chelsea Manning requested that we communicate on her behalf.

    Last week, Chelsea made a decision to end her life. Her attempt was unsuccessful. She knows that people have questions about how she is doing. She wants everyone to know that she remains under close observation by the prison and expects to remain on this status for the next several weeks.

    For us, hearing Chelsea’s voice after learning that she had attempted to take her life last week was incredibly emotional. She is someone who has fought hard for many issues we care about and we are honored to fight for her freedom and medical care. Read more here

    On the phone with a Support Network volunteer Chelsea added, \”I am okay. I\’m glad to be alive. Thank you all for your love

    Write to Chelsea Manning with your messages of support!

    Mail her a card or letter
    CHELSEA E. MANNING 89289
    1300 NORTH WAREHOUSE ROAD
    FORT LEAVENWORTH, KANSAS 66027-2304

    Email your message; We will print it and mail it to Chelsea
    melissa (at) couragetoresist (dot) org

  • [zapatismo] Assim se dança SKA!

    Recentemente, em solidariedade e apoio aos professores do CNTE de Oaxaca, os Zapatistas decidiram cancelar o Festival de Arte (CompARTE) que estavam planejando para o mês de julho. Além disso, decidiram doar todos os recursos que seriam usados no festival para oas professoroas.

    Mas divulgaram como se dança SKA, junto das seguintes palavras:
    Assim apresentam subcomandantes Moisés y Galeano:

    “Y si ustedes, artistas, compas de la Sexta, tratan de imaginarse cómo serían las participaciones artísticas zapatistas, pues aquí les ponemos un video. Tal vez otro día le ponemos más, o fotos, porque le batallamos para esto del internet. El bailable es creado por un colectivo de la Zona de Los Altos, en el Caracol de Oventik. No sabemos si se dice bailable o coreografía, pero se llama resistencia y la música es un mix de la rola de Mc Lokoter, “Esta tierra que me vio nacer”, y una rola de ska del grupo español que se llama SKA-P, “El Vals del Obrero”. El significado del bailable lo explica la maestra de la ceremoña. El video fue producido por “Los Tercios Compas” en una de las presentaciones para selección de Oventik, hace ya más de dos meses (o sea que no suspendimos por no estar preparados). Va pues. ¡aaaaaaaal brincolínnnnnnnn!”.

  • [oaxaca] Em SP, manifestação de apoio à Oaxaca

    Desde 2006, os educadores e estudantes de Oaxaca mostram ao mundo o avanço da luta popular. Hoje (8/7), em solidariedade às milhares de pessoas que vão as marchas e que lutam pela construção de um novo mundo desde Oaxaca, foi feita uma manifestação em São Paulo. Na foto, os manifestantes subindo a avenida Nove de Julho.

    A luta é internacional. Em solidariedade e contra a violência do estado. Estamoas juntoas! Viva Oaxaca! \"signal\"

  • [Guarani Yvyrupa] Ajude a realização da assembleia Yvyrupa

    A comissão Guarani Yvyrupa faz uma assembleia a cada três anos. Esse ano, a assembleia será realizada entre os dias 12 e 16 de setembro de 2016, na aldeia Tenondé Porã, em São Paulo. A campanha no site Benfeitoria busca arrecadar fundos para conseguir reunir os mais de 200 parentes Guarani dos estados do sul e sudeste do Brasil.

    A assembleia é o espaço que os Guarani podem pensar coletivamente quais foram os principais erros e os principais acertos que cometemos nos últimos anos e o que precisamos mudar para que nossa luta se fortaleça ainda mais. A eleição da Coordenação Geral acontece nesse momento.

    Além disso, a assembleia também é um importante espaço de formação, por conta do grande número de jovens lideranças que participam dela.

    Veja o site do benfeitoria e ajude a Comissão: https://benfeitoria.com/assembleiacgy

  • MORRE CRIANÇA GUARANI KAIOWÁ – DE 7 MESES – DE FRIO E FOME DESPOIS DE DESPEJO VIOLENTO

    \"13631684_477080392485791_5714542094518907640_n\"

    Camaradas, há mais de 500 anos há um genocídio contra os povos indígenas no Brasil!
    Mas quando falamos disso, não se trata de algo distante, se trata de hoje, e AGORA!

    No último mês, os ataques aos povos guarani kaiowá se intensificaram! A crise econômica se acirra e o povo pobre e trabalhador é quem mais se lasca. Dentre os \”de baixo\” estão os povos indígenas, que resistem e lutam bravamente para ter direito à seus territórios e seu modo de vida, enquanto são devastados, exterminados, estupradas, assassinados, despejados, para garantir a riqueza dos de cima, com a conivência dos governos de plantão e contando com capangas e com as polícias para levar adiante esse extermínio!

    Da ação paramilitar criminosa que resultou na execução do jovem Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, Guarani-Kaiowá de 26 anos, agente de saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), e deixou ao menos 10 feridos à bala, inclusive uma criança de doze anos baleada no abdômen, à uma série de despejos, a luta está muito difícil, pois os inimigos são muito poderosos e as condições para resistir muito desiguais.

    Tristeza e revolta.

    Em Apyka\’i tudo foi destruido. Após o despejo, o trator derrubou todos os barracos. As crianças ficaram sem nenhuma roupa de frio, na beira da rodovia embaixo de chuva.

    Nesse lamentável episódio, morreu uma criança de 7 meses, vítima do Estado brasileiro e de seus pistoleiros, aliados, a mando de latifundiários! Na beira da estrada, com chuva, sem estrutura, e muito frio, infelizmente, este pequenino guerreiro faleceu!

    É URGENTE que os lutadores e lutadoras cerquemos de solidariedade aos povos guarani kaiowá!

    Compartilhe, denuncie, preste solidariedade!

    Façamos ecoar o grito de que precisamos PRA HOJE acabar com esse sistema que impede para os de baixo o direito â vida!

    Retirado de: https://www.facebook.com/lutapopular/posts/477080392485791:0. Em: 8/7/2016.